O Cristianismo no Início da Idade Média
Quando as tribos germânicas dos Francos, Anglo-Saxões, Lombardos, Vândalos, Godos e Burgúndios invadiram e derrubaram o Império Romano do Ocidente (século 5), pode-se dizer que elas dividiam-se em populações pagãs ou recém convertidas ao cristianismo ariano. Dessa forma, a Igreja Católica e seu episcopado, proveniente da antiga aristocracia política romana, enfrentou o desafio de cristianizar os pagãos e civilizar os bárbaros, os quais não facilmente conseguiam se adequar a moral evangélica exposta pelo Novo Testamento. Portanto, o período de aculturação dos povos germânicos, que se estendeu durante toda a Alta Idade Média, foi culturalmente marcado pelo semi-barbarismo, ou seja, pela dualidade da cultura cristã, conservadora da literatura greco-latina, e do modo de vida germânico, que não cultivava uma produção artística complexa nem o refinamento do estudo especulativo. Pelo contrário, era permeado de conflitos resolvidos pela força bruta. Por sua vez, do outro lado do mundo da