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O Cristianismo no Início da Idade Média

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  Quando as tribos germânicas dos Francos, Anglo-Saxões, Lombardos, Vândalos, Godos e Burgúndios invadiram e derrubaram o Império Romano do Ocidente (século 5), pode-se dizer que elas dividiam-se em populações pagãs ou recém convertidas ao cristianismo ariano. Dessa forma, a Igreja Católica e seu episcopado, proveniente da antiga aristocracia política romana, enfrentou o desafio de cristianizar os pagãos e civilizar os bárbaros, os quais não facilmente conseguiam se adequar a moral evangélica exposta pelo Novo Testamento. Portanto, o período de aculturação dos povos germânicos, que se estendeu durante toda a Alta Idade Média, foi culturalmente marcado pelo semi-barbarismo, ou seja, pela dualidade da cultura cristã, conservadora da literatura greco-latina, e do modo de vida germânico, que não cultivava uma produção artística complexa nem o refinamento do estudo especulativo. Pelo contrário, era permeado de conflitos resolvidos pela força bruta. Por sua vez, do outro lado do mundo da

O Imperador Carlos Magno e seu papel na História Eclesiástica

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  Carlos Magno, nascido no século oitavo e falecido no século nono, foi o fundador do Sacro Império Romano Germânico, também denominado de Império Carolíngio. Esta foi a primeira entidade política a unificar grande parte da Europa ocidental e central sob uma mesma monarquia desde o fim do Império Romano do Ocidente. Carlos era de origem germânica, mais especificamente franca, e é considerado ancestral dos reis medievais tanto da Germânia (atual Alemanha) quanto da Francia (atual França). Em sua época, o Império Carolíngio estabeleceu uma fortíssima aliança com a Igreja Romana, o que aumentou seu prestígio e, consequentemente, acentuou seu processo de independência e separação das demais sedes da cristandade: Constantinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria. Por sua vez, o imperador ativamente colaborou com o favorecimento da fé e prática romanas, como por exemplo, forçando a conversão da tribo dos saxões sob ameaça de pena de morte numa tentativa de banimento do paganismo germânico.